Sociologia e Antropologia. Trabalho de campo e etnografia. Teoria social clássica e contemporânea. Blog acadêmico de Leonardo Sá. Professor do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV-UFC).
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Luta com a linguagem e topos guerreiro.
"Lutamos com a linguagem. Estamos envolvidos num luta com a linguagem" (Wittgenstein). Ou como escreveu Roland Barthes sob inspiração de Nietzsche: "estamos todos presos na verdade das linguagens, quer dizer, em sua regionalidade, arrastados pela formidável rivalidade que regula sua vizinhança. Pois cada falar (cada ficção) combate pela hegemonia; se tem por si o poder, estende-se por toda a parte no corrente e no quotidiano da vida social, torna-se doxa, natureza: é o falar pretensamente apolítico dos homens políticos, dos agentes do Estado, é o da imprensa, do rádio, da televisão; é o da conversação; mas mesmo fora do poder, contra ele, a rivalidade renasce, os falantes se fracionam, lutam entre si. Uma impiedosa tópica regula a vida da linguagem; a linguagem vem sempre de algum lugar, é topos guerreiro" (Barthes).
Nenhum comentário:
Postar um comentário