Sociologia e Antropologia. Trabalho de campo e etnografia. Teoria social clássica e contemporânea. Blog acadêmico de Leonardo Sá. Professor do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV-UFC).
terça-feira, 30 de julho de 2013
Um retorno e uma mistura
O objeto é símbolo. Um símbolo é um objeto. Os objetos são verdadeiramente simbólicos. A experiência do real articula-se no procedimento de estetização do real. A própria experiência do real é um procedimento, deriva de uma forma de apreensão, de um modo relacional de estabelecer relações e buscar conexões de sentido. Se tudo então é visto como símbolo, nada é símbolo. O objeto é o elemento de um domínio. É da ordem ou da produção ou da criação. Ocorre que o simbólico é a espessura de uma farfalharia. A insignificância, a indeterminação e a fluidez do real fazem do simbólico a potência do falso, uma fantasia composta de imagens estéticas que estabilizam algum tipo de clareza, uma poetização que é condição de existência para a razão. A razão poetizante. Na fabulação, na narração simbólica, a unidade descentrada da experiência do real insurge-se contra a entidade do ente.
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