Sociologia e Antropologia. Trabalho de campo e etnografia. Teoria social clássica e contemporânea. Blog acadêmico de Leonardo Sá. Professor do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV-UFC).
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Seres pensantes (entre Foucault e Bourdieu), uma troca.
O saber não é um atributo exclusivo de uma categoria de pessoas. Todas as pessoas, sem exceção, são seres pensantes. As forças da inteligência costumam estar associadas às forças da ordem social. Usar o critério da inteligência, como se ela fosse uma instância pura e imaculada, pairando sobre o espaço social, é uma das formas pela qual se exerce o racismo da inteligência, baseado numa distribuição desigual de acessos, politicamente orientada pelos segmentos dominantes com o apoio da maioria dos trabalhadores intelectuais. A ideia de que todos os seres são pensantes pode ser usada politicamente de um modo reacionário ou de um modo libertário. É preciso aprender sobre os dois usos disso. Essa é a grande armadilha, uma vez que "...a razão encerra a virtualidade de um abuso de poder" (Pierre Bourdieu).
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