Sociologia e Antropologia. Trabalho de campo e etnografia. Teoria social clássica e contemporânea. Blog acadêmico de Leonardo Sá. Professor do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV-UFC).
sábado, 23 de maio de 2015
FORMAS DE CONSCIÊNCIA E PRODUÇÃO DA DIFERENÇA NA VIDA COLETIVA
As formas da consciência social não refletem as condições materiais de existência. Segundo Marx, as formas da consciência social são portadoras de uma complexidade que envolve um abismo entre circunstâncias que determinam e capacidades agentivas de criação de novos contextos, o que o autor chama de práxis. A concepção praxiológica do devir histórico, para Marx, não pode prescindir jamais da ideia segundo a qual as formas da organização das atividades sociais com suas linguagens operam como forças produtivas, de modo que não há relação extrínseca entre relações sociais de produção e desenvolvimento das forças produtivas, uma vez que a organização social humana é a principal força de produção e não o seu corolário, como asseveram as leituras reducionistas do materialismo vulgar. A superação da dicotomia materialismo e idealismo foi a grande tarefa a que se impôs o sociólogo Max Weber, que considerava Marx e Nietzsche os dois pontos de partida obrigatórios da análise social moderna, do mesmo modo que Hannah Arendt, na sua crítica a Marx, afirma que este é o inventor do método sociológico.
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