Sociologia e Antropologia. Trabalho de campo e etnografia. Teoria social clássica e contemporânea. Blog acadêmico de Leonardo Sá. Professor do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV-UFC).
domingo, 28 de julho de 2013
O sofrimento e o campo
Condições de existência são condições de compreensão. Quando se diz que o desafio do trabalho de campo antropológico está na base da troca de condições que o produz, pode-se ler nesse sentido de uma troca de condições de compreensão, o que envolve trocar modos de comunicar e falar sobre correlações. No campo, a dor, o sofrimento, o aguilhão da palavra de ordem incrustada no corpo, incorporada pelo corpo, que tragicamente se oferece como condição de compreensão da condição do sofrido. As condições existenciais estão na base do trabalho de campo etnográfico. De um lado, Lévi-Strauss lembra que o etnólogo é quem se adapta muito mal ao seu próprio grupo de origem. De outro, Wagner lembra que a condição do antropólogo em campo é de um estranho profissional. Só não deixar esse ritornelo da reflexividade sobre o campo barrar a descrição etnográfica do funcionamento do universo que instaura o sofrido.
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