segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ação moral e intervenção estatal na vida dos indivíduos.

O exame das relações entre os indivíduos e as entidades sociais deixa entrever que as técnicas, práticas e procedimentos administrativos estão investidos de formas de racionalidade impregnadas de objetivos morais de gestão da conduta do outro pela individualização de sua posição frente ao Estado, ou seja, as tecnologias políticas se propõem a produzir ordem social numa chave de intervenção onde a moralidade pública ganha uma expressão central. A relativa autonomia dos jogos éticos dos indivíduos passa a ser alvo da intervenção do Estado. As maneiras de viver e os modos de existência, e tudo o que se refere à experiência de si, tornam-se assuntos de interesse e de intervenção. Os sentimentos, os desejos e as inclinações dos indivíduos, quaisquer formas de experiência de si que envolvam novas sensibilidades socioculturais passa ao status de assunto de polícia e de governo. (cf. Foucault).

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