terça-feira, 15 de outubro de 2013

Da distração aos novos modos de atenção.

Saber variar os modos de existência, fazer variar os próprios modos de existência, pela experimentação de novos meios expressivos, pela permissão de acesso à imaginação conceitual dos outros, pelo deslocamento dos modos de atenção na exploração de novos domínios e de novos materiais. Ocorre que, por vezes, as formas da distração estão sobrecarregadas de investimentos heterônomos; o que é distração, senão a inflação de escolhas no supermercado? A centralização da atenção na economia da escassez, na falta como mecanismo sociológico de produção de distração, leva à produção de seres faltosos. O pluralismo de mercado apenas descentraliza, o que é um modo da centralização, um modo liberal de centralização. Neste sentido, os modos de atenção para se deslocarem, fazendo variar os modos de existência, precisam criar relações com a dispersividade das relações. É a dispersão, não a distração, o que provoca novos diálogos com os acessos de saber com os quais reativamos a atenção que cria vínculos novos, que cria diferenças que produzem diferença (abertura de significação descentradas de sujeitos dados).

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