sábado, 15 de abril de 2017

O eu é e não é o centro da vida social?

Precisamos aprender a analisar a sociedade, evitando o pressuposto de que o nosso eu é o centro de tudo. "Análises" desse tipo patinam no molhado. É preciso compreender o lugar dos outros como fonte perene de julgamento e de interpelação. Os outros julgam e nos interpelam. Talvez fosse esse o fato social em sua coercitividade, generalidade e externalidade a guiar as observações metodológicas de Durkheim. Interessante pensar a contraposição que há entre julgar e compreender. As duas atividades são sociais. São inerentes às relações sociais. Contudo, os mecanismos atrelados a uma e a outra são analiticamente bem distintos. Parece nos levar ao abismo kantiano entre pensar e conhecer. E às próprias condições morais da representação simbólica.

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